Uma novela à la Benfica

Sinceramente esta semana não estava a ver sobre o que escrever neste espaço. O tempo para pensar e dissertar não tem sido muito, e esta semana ainda foi um pouco pior! (estas viagens a Lisboa matam-me!)

Curiosamente ou não, foi durante a viagem de regresso que ‘vi a Luz’, o nosso magnífico estádio e não só… Reparei em algo extraordinário, ou não!

Há algo me irrita de sobremaneira neste “pedaço de terra à beira-mar plantado”, que é a enorme legião de fãs de novelas! Tirando os países sul-americanos, devemos ser dos países que mais horas desse tipo de programas consomem ao longo do ano. E como se isso não bastasse, há uma enorme tendência para as mesmas extrapolarem o campo televisivo e passarem para o campo futebolístico de à uns anos a esta parte, com um enorme contributo por parte do nosso Glorioso.

Ora, para quem gosta de novelas, até nem ligam muito, mas a mim irrita-me, e então a última além de me ter irritado, o final não foi o melhor. Pelo menos para já! Falo como é óbvio da novela “espanholoportuguesa”, Reyes.

Ao olhar para este dossier, só me vem à cabeça uma novela que à uns anos atrás, poucos, teve um sucesso abismal. O argumento era simples e de fácil compreensão, como sempre, e consistia na história de uma jovem que se apaixona por alguém que a principio está completamente longe do seu alcance, mas que depois esse alguém também descobre que gosta dessa jovem. Tudo se encaminha para ficarem juntos e viverem felizes para sempre, mas entretanto surge a má da fita que “rouba” o príncipe encantado, também um pouco pela indecisão dessa jovem em relação ao mesmo! Já devem ter reparado qual é a novela de que vos falo, mas quero desde já aqui referir que nunca fui espectador da mesma!

Ora esta “novela Reyes” é em tudo parecida a isto que vos descrevi! Substituam a jovem, pelo Benfica, que se “apaixonou” por Reyes, declarou esse ‘amor’, mas que nunca mais se decide a avançar! E não me venham com a história do valor do passe ou dos salários, dinheiro é o que não tem faltado para os lados do Seixal, pelo menos é o que transparece depois das aquisições já feitas. Se o Benfica quiser, contrata Reyes, porque Reyes, pelo que já se viu, quer o Benfica, não pode é andar nesta constante indefinição, sejam sérios e digam logo o que pretendem ‘do rapaz’ e não venham com “paninhos quentes” ou atirar areia para os olhos dos adeptos. De novelas destas, já estou eu farto e já não ‘engulo’ tudo o que me dizem!

Até 31 de Agosto há tempo, e só espero que não apareça um ‘mau da fita’ e roube um dos jogadores mais influentes da última época. Aguardemos portanto desenvolvimentos!

À hora que vos escrevo, já terminou, à muito, o segundo jogo de preparação da nova época do “Maior”!

Confesso que não pude ver o primeiro, porque estava em viagem, mas, mais tarde vi a repetição do mesmo. Gostei muito da primeira parte, do bom entendimento entre o já apelidado “quarteto maravilha” (Cardozo, Saviola, Aimar e Di Maria), da grande atitude de alguns jogadores (Di Maria parece outro), das grandes jogadas (aquela toda ao primeiro toque a ‘abrir’ por completo a defesa adversária deixou-me água na boca), da boa estreia de Roderick Miranda e do resultado (2-0 ao intervalo ajustava-se)! Na segunda parte a natural quebra física nos jogadores, as substituições e algumas decisões menos felizes de Quim levaram a que o centenário Sion, com Paíto no onze (outro que já foi um novo Roberto Carlos e agora anda pela Suiça), empatasse o jogo. 2-2 no final até é aceitável!

Hoje, novo jogo, e desta vez até consegui ver boa parte do mesmo, mas não vi os golos, só a repetição (há gajos com uma ‘sorte’ do caraças). Mais uma vez, boa primeira parte, Cardozo e Saviola a entenderem-se muito bem, com o primeiro a voltar a fazer o gosto ao pé, neste caso cabeça. Apesar da ‘tareia’ que têm levado por Jorge Jesus, até parecia que tinham mais tempo de preparação do que o Shaktar, vencedor da última edição da Taça Uefa, e novamente 2-0 ao intervalo. A segunda parte poderia ter começado com o golo da equipa ucraniana, mas Moretto que havia entrado, virou herói e defendeu um penalti (uma das poucas qualidades que tem) e com isso, ganhou outra motivação para o resto do jogo, ‘sacando’ belas defesas. Podíamos ter ganho por mais, mas para quê esforçar muito se era apenas um jogo de pré-época. Espero que estas vitórias aconteçam nos jogos a sério e que o empenho e bom entendimento que alguns já demonstraram agora, se veja ao longo da época. Entretanto, siga a festa…

Saudações Encarnadas

Piccolo falou…