O Benfica passou onde o Sporting encostou há uma semana. Os Encarnados garantiram perto do final uma vitória por 4-2 no Fundão e assim continuam a 3 pontos do Belenenses, com as duas formações a encontrarem-se na próxima jornada.
O minuto 39 acabou por ser decisivo para o desfecho da partida. Couto apareceu isolado na cara de Bébé, com tudo para dar vantagem aos comandados de José Luís (nesta altura 2-2 no marcador), mas rematou ao lado. Na resposta um remate de Ricardinho é desviado por um defesa do Fundão e só pára no fundo das redes. Era o empurrão necessário para as águias, que não mais vacilaram e com um golo de meio campo de Joel sentenciaram a partida.
Mas vamos por partes, é importante referir que esta foi uma excelente partida de futsal, com equilíbrio e muitas variantes tácticas. O Benfica teve naturalmente maior caudal ofensivo, mas há muito mérito do Fundão na discussão do resultado até perto do final.
As equipas encaixaram na perfeição, porém foi o Benfica quem teve as melhores oportunidades. Destaque para um momento fabuloso em que um remate de primeira de Davi permite uma defesa em voo de Diego. Os encarnados tiveram ainda razões de queixa da arbitragem (teriam ainda mais na segunda metade), quando Arnaldo é empurrado à entrada da área e depois ceifado por Diego já no interior da área. A dupla de arbitragem nada assinalou e o resultado não se alterou.
No entanto o Benfica chegaria mesmo à vantagem antes do descanso, combinação simples entre Ricardinho e César Paulo, com o Mágico a finalizar de forma fácil. Diga-se que este golo foi algo consentido por parte da defensiva da Desportiva. O Fundão não se atemorizou e Vinicius com um remate ao poste deu o sinal que o jogo estava longe de estar sentenciado.
Essa ideia ficou ainda mais evidente, quando no recomeço Tiaguinho obrigou Bebé a grande defesa. Os homens da casa tentavam encostar o Benfica à sua área, pressionavam alto, mas acabaram por ser penalizados, naquela que foi provavelmente a melhor jogada da partida. Ricardinho pressionado consegue um passe longo para Arnaldo, que depois de dominar no peito serve Joel e este oferece o golo a Davi. Simplesmente perfeita a saída de pressão.
A vantagem de dois golos seria sol de pouca dura. Numa transição rápida Júlio César reduziu e pouco depois Bruninho fez o empate na conversão de uma grande penalidade. É importante fazer uma pausa nesta crónica para analisar o lance que levou a desportiva para a marca dos 6 metros. Não é grande penalidade, Bebé não toca em Bruninho, mas em velocidade corrida 99% das pessoas ficaria com a ideia que seria penalti. A queda de Bruninho tem tanto de perfeita como de ludibriosa, enganando tudo e todos. Quem não se fez rogado foi o próprio Bruninho que aproveitou para reestabelecer o empate.
A partir daqui a história foi a que contamos no início desta crónica. Para a história ficam os 3 pontos importantes do Benfica, mas na memória fica o bom futsal que se pratica na Cova da Beira, que parece evoluir de ano para ano, a olhos vistos.
Fonte: Futsal Portugal
