27 de Junho de 2009. Decorria o 26º minuto do jogo entre o Benfica e Sporting da última jornada da Fase Final do Nacional de juniores quando esta partida foi interrompida devido a confrontos entre as claques benfiquistas e leoninas. Muito se disse e se escreveu sobre essa tarde em Alcochete (com muitas opiniões adulteradas e pouco longe da verdade dos factos) mas, polémicas à parte, os grandes prejudicados com este “circo” todo foram aqueles jovens de 18 e 19 anos (tanto benfiquistas como sportinguistas) que viram um momento que poderia ser marcante nas suas carreiras transformar-se numa batalha campal lamentável.
E como assentaria bem à equipa do Benfica o título de campeão! Com o plantel mais forte (de longe) dos últimos anos, em que a generalidade da equipa era internacional e constituía a espinha dorsal da selecção nacional de sub-19 o Benfica teve um percurso de altos e baixos durante a fase regular mas mostrou um certo brilhantismo na fase final, frente aos melhores, que provou tratar-se da mais forte equipa portuguesa.
Aparte das muitas (e algumas descabidas) experiências promovidas pelo técnico João Alves ao longo da fase regular, cedo se percebeu que a equipa do Benfica era talhada para os jogos fora. As vitórias confortáveis em terrenos complicados como a Amadora (0-3) ou Setúbal (1-3) e os empates injustos face aos outros dois candidatos em Alcochete (1-1 com o golo leonino aos 94min) e no Restelo (0-0) mostravam que esta equipa explanava melhor o seu futebol em campos alheios do que propriamente no Seixal. Aliás, o Caixa Futebol Campus presenciou duas das três derrotas benfiquistas nesta fase, por 1-2 contra o Real e por 0-2 com o Sporting (a outra foi na deslocação à Choupana) bem como empates comprometedores com Vitória de Setúbal ou Estrela da Amadora.
Com o Sporting como líder isolado da Zona Sul o Benfica disputou taco-a-taco o apuramento com a belíssima equipa do Belenenses liderada por Rui Jorge, acabando por carimbar a presença na Fase Final na penúltima jornada numa vitória caseira muito suada face ao Nacional da Madeira.
Este desempenho algo irregular, associado ao subrendimento de algumas peças-chave da equipa levantava algumas dúvidas quanto à prestação da equipa na Fase Final. E essas interrogações adensaram-se mais quando, na primeira jornada, face a um acessível Vitória de Guimarães, em plena Luz, os juniores não foram além de um decepcionante nulo, num festival de golos falhados.
Este desempenho algo irregular, associado ao subrendimento de algumas peças-chave da equipa levantava algumas dúvidas quanto à prestação da equipa na Fase Final. E essas interrogações adensaram-se mais quando, na primeira jornada, face a um acessível Vitória de Guimarães, em plena Luz, os juniores não foram além de um decepcionante nulo, num festival de golos falhados.
O momento menos bom uniu os jogadores e João Alves procedeu a algumas alterações e estabilizou um onze-base: Miranda, Abel, Roderick, João Pereira, Marinho, Leandro Pimenta, Danilo, Saná, Yartei, Adul e Nélson Oliveira, sacrificando uma das estrelas da equipa, David Simão, em prol de uma maior consistência no miolo.
O que é certo é que estas mexidas surtiram efeito e à 2ª jornada o Benfica deslocou-se ao Olival para assinar uma categórica vitória por 0-2, com uma grande exibição de Nélson Oliveira (autor dos dois tentos), reentrando assim na luta pelo título. Na jornada seguinte, uma Luz bem composta vibrou com a vitória por 3-1 face ao eterno rival Sporting, com golos da autoria de Yartei, Roderick e Adriano. Pouco depois, na deslocação à cidade-berço, o Benfica desforrou-se do empate na jornada inaugural e venceu por 1-2 (golos de Yartei e Nélson Oliveira).
Assim, com esta série de 3 vitórias consecutivas o Benfica somava 10 pontos e a vitória na 5ª jornada, na recepção ao Porto, carimbaria a conquista do título nacional. Perante um estádio da Luz em pulgas pela celebração do 24º título da categoria, ao jogadores acusaram um pouco a pressão, apenas encontrando o seu futebol no segundo tempo onde a manifesta infelicidade e uma ajudazinha da arbitragem (ai aquele penalty por marcar…!) impediu a festa encarnada. Josué marcou de grande penalidade a um minuto do fim e gelou a Luz. Roderick ainda empatou no minuto seguinte num golo soberbo do meio da rua e a equipa acreditou mas Yartei, ao 5º minuto de descontos, falhou a glória por centímetros.
Ficava tudo adiado então para a última jornada, onde só a vitória leonina roubaria ao Benfica o título de campeão mas o final desta história acaba por ficar por contar devido aos tristes incidentes que todos sabemos.
Ainda assim, além dos títulos, ganharam-se outras coisas nesta época, com o Benfica a assumir-se pela primeira vez desde há muito como equipa mais forte no panorama nacional da formação, quebrando a hegemonia leonina nos últimos largos anos. Ganhou-se também uma fornada de jogadores plenos de qualidade sendo que dois deles (Roderick e Nélson Oliveira) ganharam mesmo a oportunidade de fazer a pré-temporada com a equipa sénior enquanto os outros vão sendo aos poucos emprestados a várias equipas da Liga Vitalis. De referir ainda o elevado número de jogadores de 1º ano presentes nesta equipa (Nélson Oliveira, Roderick, Marinho, Danilo, Saná, Adul,…) o que nos faz pensar que, para o ano, o título que nos fugiu este ano tem tudo para vir parar ao Seixal!
A Gloriosasfera saúda todos os Benfiquistas no princípio de uma época que desejamos seja Gloriosa.
ResponderEliminarGlorioso, Dedicado, Apaixonado, Orgulhoso
EU SOU BENFICA
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