Garantido que está o abandono do pelotão nacional por parte da equipa do Benfica, pondo fim a um projecto previsto para cinco anos, mas extinto ao fim de dois — a falta de parceiros que suportem os encargos da equipa em conjunto com a Lagosbike, empresa do Grupo João Lagos, estará na base da decisão, a que não serão também alheios os fracos resultados desportivos — gera a incógnita em relação ao futuro dos homens da equipa.
Com a saída confirmada de Orlando Rodrigues para Tavira, falta saber o destino dos corredores que têm contrato por mais um ano. Nas contactos estabelecidos ontem por A BOLA, foi possível saber que algumas equipas aguardam pela resolução do contrato por mais um ano que os corredores têm com a Lagosbike, para avançar.
Assim, não será surpresa se Cândido Barbosa também vier a integrar o novo projecto do Tavira, com mais alguns corredores do Benfica. Sabe-se que Rui Costa tem convites da Caísse D'Epargne e da Liberty Seguros, equipa que também está interessada em Edgar Pinto e José Mendes, restando Bruno Sancho, Mário Costa, Hugo Sancho e Tiago Claro, a que se juntam o técnico Gonçalo Amorim, massagistas e mecânicos.
Esta nova paragem no ciclismo do Benfica acontece pela quarta vez no historial do clube. A secção fundada em 1906 foi suspensa em 1941, devido à Segunda Guerra Mundial e aos problemas então vividos. Reactivada em 1947, teve nova paragem em 1978 devido à falta de patrocínios e à crise económica vivida no País.
Com Vale e Azevedo na presidência do clube e sob o comando de António Brás, o ciclismo voltaria à estrada em 1999 e 2000, num projecto que também durou apenas dois anos, tendo David Plaza conquistado no primeiro ano a Volta a Portugal. No início de Agosto do ano passado o acordo de cinco anos com a Sociedade Central de Cervejas permitiu aos encarnados participar na principal Volta nacional com um sponsor principal no novo equipamento, a Sagres Zero, o qual se manteria até ao início de Março, altura em que o grupo cervejeiro resolveu por «estratégia de marketing», pôr ponto final no patrocínio, por «o ciclismo não se enquadrar nos objectivos pretendidos», mantendo-se desde essa data a Lagosbike como único responsável e patrocinador.
Fonte: A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário