segunda-feira, 7 de junho de 2010

Basquetebol: Título adiado


Dragões vencem jogo 4 do playoff

Triunfo inequívoco do FC Porto (90-58) na 4ª partida da final da Liga Portuguesa de Basquetebol, que assim reduziu (1-3) a diferença entre as duas equipas na série. Os portistas foram claramente a turma que demonstrou mais desejo de vencer, pressionada também pelo facto de não poder falhar e correr o risco de assistir em sua casa aos festejos de vitória do Benfica.

A prestação encarnada , nomeadamente ao nível de lançamentos de campo – apenas 30% - e a forma como geriu a posse de bola (19 turnovres), em nada ajudou para que o resultado fosse diferente no final.

O treinador Moncho López manteve a aposta em Hunt para a posição de 1º base, passando a jogar com uma equipa bastante alta e mais ofensiva. Disso beneficiou na luta das tabelas (40-31) e na estratégia defensiva preparada para conter o forte jogo interior do adversário. Foi também decisiva a forma como Carlos Andrade se encarregou da defesa a Heshimu Evans (8 pontos), para além do sentido colectivo demonstrado pelos dragões, com cinco jogadores a defender a área próxima do cesto.

A verdade é que o jogo interior benfiquista não funcionou e, quando assim é, terá de ser fora que as coisas poderão ter solução, algo que, como dissemos anteriormente, também não aconteceu.

Tal como tinha sucedido no jogo de sexta-feira, Marçal voltou a ser o impulsionador da fuga dos azuis e brancos no marcador ainda no decorrer a 1ª parte, com as suas “bombas” e acções individuais de 1x1. A vantagem de 16 pontos (43-27) que se registava ao intervalo, já era demonstrativa da superioridade dos visitados no encontro.

A segunda metade trouxe um Benfica ainda mais desinspirado, pois para além do desacerto na hora de atirar ao cesto, começou a acumular erros algo infantis, que eram bem aproveitados pelos dragões para conseguir cestos fáceis de contra-ataque em superioridade numérica. Pela primeira vez nesta eliminatória os comandados de Henrique Vieira demonstraram alguns sinais de desunião e individualismo ofensivo, algo nada positivo nesta fase do campeonato.

No final do 3º período a equipa nortenha tinha o jogo praticamente controlado (67-45) e só uma hecatombe colectiva a levaria a perder a partida. Nos últimos 10 minutos do encontro, com o Benfica a abdicar de tentar discutir o resultado, os dois treinadores aproveitaram a oportunidade para fazer rodar jogadores, com Jorge Coelho e Sérgio Ramos a serem os mais beneficiados desse facto.

Mais do que a derrota, a diferença pontual que se verificava no final do jogo poderá ter deixado mossa e criado algum desconforto no grupo encarnado, que parecia inabalável. O quinto jogo, a realizar-se na próxima Quarta-feira, às 21 horas, será com toda a certeza um novo filme, que em comum com este terá apenas os protagonistas.

A dupla portista composta por Greg Stempin (24 pontos, 10 ressaltos e 3 roubos de bola), MVP do encontro, e Nuno Marçal (21 pontos, 5 ressaltos e 2 roubos de bola), repetiu a boa exibição do anterior encontro, acabando por ser decisiva na construção da vantagem pontual.

O norte-americano Ben Reed (15 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências) foi talvez o mais inconformado na turma campeã nacional. Uma nota para a maior disponibilidade física e motora revelada por Sérgio Ramos, o que é sempre um bom sinal, durante os quase 20 minutos de utilização.
Resumo do jogo:



Fonte:
fpb.pt

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