sábado, 2 de agosto de 2008

Análise: Benfica vs PSG



Realizou-se esta noite o quarto jogo de preparação da nova época do nosso Clube, a contar para o Torneio Cidade de Guimarães. O jogo marcou o primeiro jogo de Nuno Gomes e Cardozo nesta pré-época, e a estreia do novo reforço da defesa encarnada: o central Sidnei (fazendo dupla com Luisão no centro da defesa). Apenas Luís Filipe e Mantorras não estão presentes neste torneio, a conta com problemas físicos.

Quique Flores apresentou um 11 mais perto daquilo que se espera ser o 11 ideal do Benfica. Num, já habitual, 4-4-2, o Benfica jogou de início com Quim; Maxi, Luisão, Sidnei, J. Ribeiro; Balboa; Binya, C. Martins, N. Assis; Aimar, N. Gomes.
Sentados no banco Quique deixou Moreira, Moretto, Nelson, D. Luiz, Edcarlos, M. Vítor, Léo, Katsouranis, Yebda, F. Bastos, R.Amorim, Urreta ,Cardozo e Makukula.

O PSG apresentou-se num 4-2-3-1 com Landreau; Ceara, Sakho, Camara, Armand; Clement, Mulumbu; Chamtome, Sessegnon, Rothen; Pancrate.
No banco Paul Le Guen deixou Apoula, Traoré, Miabala, Bourillon, Luyiundula, Ngoyi, Shankaré, Arnaud, Boli, Hoarau e Garcia.

O jogo começou bem disputado. Ambas as equipas tentavam pegar no jogo e assim que perdiam a bola efectuavam uma pressão alta ao portador da bola.



Aos 16 minutos era visível uma das novas características que Quique pretende que a sua nova equipa tenha: a defesa em linha. Eram vários os lances em que os avançados da equipa francesa eram apanhados em fora de jogo. O jogo estava morno e sem grandes desequilíbrios.

Dois minutos depois bem Luisão a limpar um lance que se adivinhava perigoso. Após uma infantilidade de Jorge Ribeiro, que com a bola dominada sobre a sua ala e a meio campo, entrega a bola a um adversário. Na sequência do lance Luisão evita que um avançado francês fique cara a cara com Quim, a cortar para fora.

Sidnei ia deixando boas indicações. Sempre que era necessária a sua intervenção o central brasileiro mostrava lucidez, quer a cortar os lances, quer na sequência dos mesmos.


Aos 20 minutos de jogo o Benfica cheira o golo. Carlos Martins faz um passe da esquerda (na diagonal) para a entrada da área para Aimar, que roda bem e tira o remate que desvia num adversário. A bola não entra por muito pouco.

No meio campo Benfiquista era visível que Binya tinha um papel mais preponderante nas recuperações de bola e Carlos Martins na construção de jogo.

Com 28 minutos de jogo Carlos Martins perto de marcar o seu primeiro golo de Águia ao peito. Após um bom entendimento com Aimar, sobre a meia direita, Carlos Martins rasga a defesa do PSG e entra na área dos franceses. Ao tentar chegar à bola, enviada por Aimar, e apertado por um adversário acaba por perder o lance. Contudo, fica um belo apontamento, deixado por dois novos jogadores para a nova época.

Quique Flores punha a aquecer vários jogadores, o que fazia antever uma revolução ao intervalo no 11 encarnado.

Aos 37 minutos PSG faz o 0-1. Binya perde a bola à entrada da área francesa, o que lançava o contra-ataque do PSG. Sessegnon sobre a ala esquerda faz um passe a rasgar a defesa (descompensada do lado esquerdo) encarnada. Pancrate, na cara do Quim e à entrada da área, apontava um golo de belo efeito, ao tirar um chapéu ao guardião português

Sessegnon aos 40 minutos obrigava Quim a defesa apertada.

O Benfica mostrava ter sofrido o golo e mostrava-se bem mais precipitado na abordagem aos lances.

Pouco depois terminava a primeira parte com um 0-1 para o PSG.

Para a segunda parte Quique fez 4 alterações. O Benfica jogava com Quim; Maxi, Luisão, Sidnei, Léo (J. Ribeiro); Urreta (Balboa), Binya, Carlos Martins, Aimar; Makukula (N. Assis), Cardozo (N. Gomes).
O PSG regressava com os mesmos 11 jogadores.

O PSG entrava melhor no jogo, e criava perigo logo aos 3 minutos da segunda parte. O lance era anulado por fora de jogo.

Com 51 minutos de jogo, e após uma boa saída de pressão do meio campo benfiquista, a bola chega a Makukula que, dentro da área, falha, várias vezes, o remate. Sakho limparia o lance.

Aos 54 minutos de jogo Carlos Martins atira à trave. O lance começa na área encarnada, com Sidnei a atrasar para Quim, após uma boa antecipação do central brasileiro a um avançado do PSG. Quim dava em Aimar, que levou a bola até ao último quarto de terreno. O 10 argentino dava para Carlos Martins, que tirava um potente remate, apenas parado pela barra da baliza de Landreau.

Um minuto depois Rúben Amorim entrava para o lugar de Aimar.

58 minutos de jogo e o 2-0 para o PSG. Maxi destapa o lado direito da defesa, Rothen, solto na esquerda, tira o cruzamento rasteiro para o bis de Pancrate. Sidnei falha o corte e o avançado francês, já na pequena área, atira ao ângulo inferior esquerdo da baliza encarnada, sem hipóteses para Quim.

Logo depois Pancrate e Chantôme eram rendidos por Boli e Garcia.

Após a entrada de Rúben Amorim, o médio português jogava na direita, com Urreta na esquerda.

O PSG quase chegava ao terceiro. Sessegnon recupera a bola e tem um pormenor delicioso sobre Urreta, com uma troca de pés e abre na direita para Ceará. O lateral brasileiro cruzava de primeira para um avançado francês atirar de primeira por cima da barra da baliza defendida por Quim.

Logo depois Miguel Vítor rendia Luisão.

Com 68 minutos jogados Carlos Martins obriga Landreau a boa defesa. Na marcação de um livre, a punir falta sobre Cardozo, o internacional português arranca um bom remate para defesa apertada de Landreau.

Logo depois Fellipe Bastos rendia Carlos Martins no Benfica, enquanto que Bourillon fazia descansar Sessegnon.

Aos 73 minutos de jogo Makukula faz o golo da noite!!! Urreta mete para o avançado Português sobre a meia esquerda, que tira um defesa contrário da frente à segunda, puxa a bola para o pé direito, e descaído para a esquerda tira um pontapé potentíssimo ao ângulo superior esquerdo de Landreau. Tiro indefensável de Makukula.

7 minutos volvidos Cardozo empata o jogo. Binya tira um lançamento de linha lateral muito comprido, a defesa de PSG não alivia a bola que sobra para Cardozo. O avançado paraguaio puxa a bola com o pé esquerdo e remata ao poste mais distante de pé direito.

O Benfica galvanizava-se e mandava no jogo e ia empurrando o PSG para trás.

O árbitro dava 3 minutos de descontos.

Aos 90, e na segunda vaga de um livre marcado por Rúben Amorim, Urreta cruza para Sidnei que mata na coxa e remata com Landreau a desviar para o poste. Remate muito forte mas sem sorte para central brasileiro em noite de estreia.

O jogo terminava com um 2-2.

Fica a ideia de um Benfica diferente para melhor depois do seu primeiro golo. A 3 semanas do início da Liga Quique ainda procura o melhor 11, e tem muito trabalho pela frente.

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