segunda-feira, 31 de maio de 2010

Basquetebol: Benfica volta a Vencer em Casa


O Benfica aumentou para dois o número de triunfos na série final do campeonato da Liga Portuguesa de Basquetebol, frente ao FC Porto. Numa partida de grande intensidade defensiva, onde quase sempre foi difícil encontrar o caminho do cesto, a maior criatividade individual vinda do banco encarnado acabou por fazer a diferença (63-53). A forma distinta como as duas equipas interpretaram a defesa e a solução ofensiva do bloqueio directo na bola explica em grande parte o porquê de os benfiquistas terem tido, ainda que pequeno, um maior aproveitamento ofensivo no decorrer da partida.

O encontro principiou, à semelhança do que aconteceu no 1º jogo, com muita luta, contacto físico, em que nada era consentido com facilidade e, acima de tudo, com as duas equipas a revelarem grandes dificuldades em encontrar o caminho para o cesto. As percentagens de lançamentos dos dois conjuntos também não ajudavam em nada, destacando-se pela negativa, nesta fase inicial, a prestação de Heshimu Evans, que era literalmente convidado a lançar ao cesto. Se não se concretiza de fora há que procurar outras soluções mais próximas do cesto. Nesse aspecto, os benfiquistas estiveram melhores – boa entrada na partida de Elvis Évora – o que explica o resultado favorável de 11-6 que se registava no final do quarto inicial.

Eram visíveis as dificuldades dos dois conjuntos em conseguir fazer pontos, o que retirava espectacularidade e beleza ao encontro. Não quer com isto dizer que deixou de ser interessante, até porque a entrega das duas formações era exemplar. A maior criatividade individual trazida por Diogo Carreira, melhor a jogar o bloqueio directo na bola, bem como o aumento da eficácia do lançamento exterior, com Evans a acertar a pontaria, dava a primeira vantagem clara às águias no decorrer do 2º período (21-8). O bom contributo dos benfiquistas vindos do banco (Carreira, Tavares e Elvis) só não se tornou mais evidente até se atingir o intervalo muito à custa da boa reacção portista já nos momentos finais da parte. Agressivos na defesa, lutadores nas tabelas e finalmente a conseguirem concretizar cestos, aquele que é o grande objectivo do jogo, os dragões, com um parcial de 9-2, atingiram o intervalo com as contas mais equilibradas (17-23).

A etapa complementar trouxe um Benfica capaz de manter o adversário à mesma distância pontual, fundamentalmente porque executava melhor em 5x5 meio campo, explorando preferencialmente a opção do bloqueio directo, com as várias leituras possíveis do movimento ofensivo. O FC Porto foi sobrevivendo muito à custa das movimentações individuais dos seus atletas – Marçal foi um bom exemplo – como forma de ultrapassar a forte defesa encarnada, que em momentos interpretava com grande correcção o princípio de ajudar quem ajudou. Foi sem surpresa que a turma da casa vencia à entrada do último período por 13 pontos de vantagem (43-30).

Numa partida de tão baixa pontuação, 13 pontos acabam por tomar uma proporção totalmente diferente, daí Moncho López ter feito regressar a opção defensiva introduzida na parte final do quarto anterior. Numa tentativa de desregular as movimentações atacantes do seu adversário, o técnico espanhol dava ordens para se fazer um 2x1 no portador da bola à passagem da linha de meio-campo. E quando tudo parecia controlado, eis que aconteceu a lesão de Will Frisby, aparentemente com alguma gravidade, que colocou no ar a dúvida como iria ser o encontro a partir desse momento.

Pois na verdade não se alterou muito. Os dois triplos consecutivos (Figueiredo e Mota) dos visitantes, a 3 minutos do termo do encontro, fizeram baixar a diferença pontual para a dezena de pontos (53-43), a mesma que o marcador registava no final dos 40 minutos (63-53).

Já depois do encontro ter terminado, as duas equipas envolveram-se em cenas lamentáveis, o que tornou o final da partida bastante atribulado. A rápida intervenção dos responsáveis de ambos os clubes evitou que a situação tomasse dimensões maiores, acabando por imperar o bom senso entre todos os intervenientes.

Depois de um início de jogo algo comprometedor em termos ofensivos, Heshimu Evans (18 pontos, 8 ressaltos e 2roubos de bola) cotar-se-ia como o MVP da partida. Não fosse a lesão de Will Frisby (10 pontos, 6 ressaltos e 2 assistências), ocorrida a 8.47 minutos do termo do encontro, o norte-americano poderia ter discutido com o seu compatriota a distinção para jogador mais valioso da partida.

O inconformismo e a determinação da dupla interior portista, formada por Greg Stempin (15 pontos e 9 ressaltos) e Julian Terrel (13 pontos, 7 ressaltos e 2 roubos de bola), não bastou para evitar o segundo desaire na eliminatória.


Fonte: fpb.pt

1 comentário:

  1. Vamos todo rumar a mais um apetitoso titulo, o destino cumpre-se. O eclitismo Benfiquista está de volta.

    Viva o Benfica.

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