O Benfica alcançou a final da UEFA Cup com grande brilhantismo, ao derrotar o Alter Ego Luparense, por oito bolas a quatro, num grande espectáculo de futsal, que fez vibrar os milhares de espectadores que se deslocaram ao Pavilhão Atlântico. Está assim reeditada a final de 2004, na qual o Interviu levou a melhor.
Foi um Benfica que há muito não se via aquele que brindou os seus adeptos com a melhor exibição de 2010. Joel Queirós, que era temido pelo treinador contrário, foi o expoente máximo das águias, autor de uma grande exibição, coroada com a participação em cinco dos oitos golos da sua equipa. Bebé também foi um gigante na baliza.
A partida iniciou-se com uma excelente oportunidade para o conjunto orientado por André Lima, mas Arnaldo não conseguiu concluir da melhor maneira um movimento já habitual de uma reposição lateral. Esta seria mesmo a única ‘chance' antes da longa paragem provocada pela avaria no cronómetro electrónico.
No reatamento do jogo, o Benfica inaugurou o marcador. Joel Queirós recuperou a bola que sobrou para Arnaldo, este devolveu ao 25 encarnado, que bateu Miguel Weber pela primeira vez.
A vantagem durou apenas um minuto, uma vez que Honorio finalizou da melhor maneira uma diagonal bem gizada do ataque transalpino. Nada que incomodasse o Benfica, que respondeu de imediato com o 2-1, através de uma combinação perfeita entre Joel e Ricardinho, com este último a empurrar a bola para a baliza deserta.
Em desvantagem, pertencia ao Luparense a maior iniciativa de jogo. O Benfica respondia em contra-ataque, colocando em sentido o conjunto italiano.
E foi em mais uma transição rápida que Joel Queirós combinou bem com César Paulo e colocou a bola para o fundo das redes à saída de Miguel Weber. O Luparense voltou a responder no minuto seguinte, quando Vampeta aproveitou um ressalto para introduzir a bola na baliza do Benfica, com muita sorte à mistura.
À medida que se foi aproximando o intervalo, a partida começou a decair de qualidade, com os jogadores a perderem-se em pequenas picardias, não havendo mais alterações no marcador.
Na segunda metade, assistiu-se a uma entrada demolidora do Benfica, que aos três minutos já vencia por 5-2. Primeiro foi Arnaldo a desviar com êxito um remate de Joel Queirós, e depois, uma jogada genial de Ricardinho levou a bola à trave, sobrando esta para Davi que na recarga só teve de empurrar para o fundo da baliza.
A formação portuguesa estava com a corda toda e, fruto de uma pressão mais agressiva do que havia realizado no primeiro tempo, não permitia qualquer reacção ao seu adversário.
Vendo a sua equipa a afundar-se. O técnico espanhol do Alter Ego Luparense, Tomas Rivera, decidiu apostar no 5x4 quando ainda faltavam onze minutos para o final. Cabia a Cesar o papel de guarda-redes avançado. De mediato os italianos acertaram por três vezes nos ferros da baliza de Bebé. Até que aos 35', Baptistella apareceu solto no segundo poste e reduziu a desvantagem para apenas dois golos.
O Benfica teve uma resposta à campeão e na jogada seguinte Joel Queirós fez a assistência para Ricardinho marcar de baliza aberta. Ricardinho que a seguir teve nos pés o que poderia ser o momento da noite, mas acertou na trave, naquele que seria um golo de antologia.
Não marcou o número 10 das águias, marcou a seguir Arnaldo, superiormente assistido por César Paulo, o pivot brasileiro que tinha reservado para si o melhor golo da noite, fazendo um chapéu fantástico à saída do guarda-redes contrário.
O Alter Ego Luparense ainda conseguiu reduzir ao cair do pano numa infelicidade de Zé Maria, mas já nada havia a fazer. O Benfica volta assim a marcar presença numa final europeia e, apesar do adversário ser o gigante Interviu, agora tudo é possível.
A arbitragem esteve muito abaixo da qualidade do jogo, com muita permissividade na análise das faltas e com um critério largo no capítulo disciplinar.
Resumo do jogo:
Fonte: Futsal Global
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