O Benfica resistiu à chuva, às ausências, ao desgaste psicológico pelo desaire na Liga Europa. Em Paços de Ferreira, a formação de Jorge Jesus voltou a alimentar uma empatia crescente com milhões de adeptos encarnados. Missão cumprida sem sobressaltos, na 100ª vitória do treinador no campeonato nacional (1-3).
Paulo Sérgio anunciou o seu onze de véspera mas cedo percebeu que serviria apenas de banda de apoio ao espectáculo principal. A abnegação pacense, na etapa complementar, não apaga o brilho das águias na primeira metade. Este Benfica mais português, face às alterações forçadas, apresenta uma dinâmica imune a cenários adversos. Compreende-se o relaxamento final, num ciclo intenso de jogos.
Megaprodução por todo o país
Luzes, vénia, acção! A digressão do Benfica, com trejeitos de megaprodução, continua a encantar adeptos em vários pontos do país. A comitiva chega no veículo oficial, altiva mas sorridente para uma massa humana sem paralelo. Com sol, com chuva, eles estão sempre lá. Nem sempre os mesmos. Mas igualmente ruidosos. O grupo agradece e retribui. Vale a pena, o espectáculo.
Ninguém olha a preços e sacrifícios, quando sente a onda encarnada a chegar. O Estádio da Mata Real rebentaria pelas costuras, se as tivesse. Os adeptos do Benfica estão por todo o lado. Sentados, em pé, amontoados nas escadas. Não importa. Quando a equipa está bem, meio país regozija-se. Graças a Jesus.
O Benfica apresentava-se na Capital do Móvel sem três artistas hispânicos. Pablo Aimar, o maestro pós-Rui Costa, parecia demasiado imponente para viajar sem deixar saudades. Di María tem Fábio Coentrão como substituto, Ruben Amorim não destoa quando falta Maxi Pereira. O problema estaria ali. Estaria, mas não esteve. Em 22 minutos, Carlos Martins fez uma assistência e um golo. Esta febre tem efeitos contagiantes.
A equipa de Jorge Jesus tem mais golos, mais golos de cabeça, mais cantos, mais remates, mais faltas sofridas que qualquer outra na Liga portuguesa. Sofre uma derrota europeia, regressa a Portugal e abre novamente as asas, olhando adversários de cima para baixo. Resta aguardar pela resposta deste Benfica frente a iguais, com o Sp. Braga já à espera.
Quatro minutos de incerteza
Em Paços de Ferreira, a incerteza perdurou por curtos quatro minutos. Como as coisas são. A equipa da casa conquistou um canto. Cardozo aliviou, Saviola arrancou e serviu Fábio Coentrão. Em meia dúzia de toques, a bola estava na outra baliza. Jorginho chegou para adiar o golo, cedendo canto. Esforço inglório.
Carlos Martins ajeitou a bola, olhou para David Luiz e cruzou, com Danielson a pensar na sua vida, certamente. O central pacense ficou parado e o compatriota encarnado agradeceu, marcando pelo terceiro jogo consecutivo. David Luiz acertou na própria baliza em Leiria, mas compensou o erro com golos frente a Leixões e P. Ferreira. Estava feito o mais difícil.
Leandrinho ainda fez umas traquinices, procurando chegar à baliza de Quim. Puros fogachos. Do outro lado, Cássio brilhava aos pés de Cardozo e Saviola. O guardião pacense agigantava-se na área, mas não conseguiu segurar dois petardos de meia distância, antes do intervalo. Carlos Martins deu o mote, de bola corrida, e Cardozo desenhou o arco perfeito, na conversão de um livre directo.
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Benfica chegava ao terceiro golo e o avançado paraguaio fugia a Falcao na lista dos melhores marcadores da Liga. 8 tentos em 7 jogos para Cardozo, num total de 24 para os encarnados! Com uma média de 3,5 golos por jornada, quem se importa com a chuva para ver um espectáculo destes? Na etapa complementar, Felipe Menezes deu uns toques, Cristiano fez mais pelo Paços e remou contra a maré, até ao golo de honra, apontado de Maykon (68m). Merecido, por sinal.
O Benfica fez uma primeira parte fantastica! O Carlos martins surpreendeu-me pela positiva pois nao sou fa dele. Adorei ver o Saviola e o Cardozo a jogar. O Shaffer esteve muito desastrado desta vez.
ResponderEliminarNo entanto, fiquei desagradado com a segunda parte. Achei que o Benfica deu o jogo ao Pacos, equipa que o ano passado deu muito trabalho. Acho que na segunda parte a equipa ressentiu-se muito da ausencia do Carlos Martins e nao conseguiu segurar a bola. Espero que quebras tao notorias nao acontecam mais nesta epoca pois contra equipas mais fortes que o Pacos pode originar amargos de boca.
Estava na bancada mesmo atras da baliza onde foram os 4 golos. Apanhei uma molha mas valeu a pena, a coisa k mais gostei de ver ontem foi o cardozo andar sempre a correr feito cão atras da bola, coisa k não fazia o ano passado. axim dá gosto ver futebol e a ekipa jogar, espero k continuem axim até ao fim. Eu acredito.
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