Esta semana, nada melhor do que falar de sorrisos, a expressão que mais vimos ao longo da pré-época nos adeptos, dirigentes e sobretudo jogadores do nosso clube. A frase que escolhi para título deste “post” podia muito bem ter sido proferida por Jorge Jesus, quando foi apresentado e começou a trabalhar no Benfica… O pedido implícito naquela frase, para já está a ser cumprido, vejamos agora quando começar a ‘guerra’ a sério, no próximo Domingo.
Bem… Foram quatro os torneios/taças de pré-época em que participamos, dos quais arrecadamos outros tantos troféus. Sei que são troféus que não valem muito, não valem pontos, apenas nos dão motivação, prestigio e o título de campeões de pré-época (mais um), mas como já havia referido, gosto que o Benfica ganhe sempre, nem que seja ao berlinde.
Sábado, conseguimos encerrar a pré-época em beleza com a conquista do último troféu em disputa, a 2ª edição da “Eusébio Cup”. Confesso que não pude ver o jogo completo, nem pouco mais ou menos, apenas vi os minutos iniciais, nos quais me deliciei com um fantástico pormenor do nosso ‘Mago’ Aimar (não se faz uma maldade destas ao Pirlo!).
Aimar, enquanto esteve em campo, pelo que li e vi mais tarde, demonstrou mais uma vez que será uma peça fundamental na estratégia da equipa este ano. Com a sua magia, vemos um futebol de enorme qualidade, bastante fluido e sempre com enorme perigo junto à baliza adversária, mesmo que a outra equipa seja um AC Milan. Espero sinceramente que não lhe ‘façam a folha’ durante o campeonato, para nosso bem e da própria Liga, que se deve orgulhar de ter jogadores desta qualidade a jogar pelos campos portugueses.
Bom. Para além dos minutos iniciais só pude ver mais tarde a marcação das grandes penalidades (vida de trabalhador dá nisto). Nessa altura quem sobressaiu foi Quim! O meu “conterrâneo” esteve muito bem, defendeu quatro penalties e apesar de praticamente se ter atirado sempre para o mesmo lado, demonstrou que neste capítulo costuma ter uma certa ‘estrelinha’, foi assim o ano passado na final da Taça da Liga, foi assim na época de 2004/2005, naquele electrizante Benfica – Sporting, enfim, é quase como o Ricardo, mas com as devidas diferenças, claro.
Com isto parece ter ganho a corrida pelo lugar na baliza, mas ainda tenho as minhas dúvidas. A voz de Jesus será soberana e temos que aguardar até domingo para confirmar esta situação.
Quem também apresentou um largo sorriso esta semana foi César Peixoto que assinou por 3 anos com o Maior Clube do Mundo.
Confesso que não era o jogador que esperasse ver um dia com a camisola do Benfica vestida, assim como Carlos Martins e Jorge Ribeiro (p.e.), mas, por um lado, é sempre bom contratarmos jogadores portugueses, contratar barato (preferi sinceramente que tivessem gasto 400m € num Peixoto, do que gastar 4M€ num novo Balboa ou Makukula) e reconheço no “moço” qualidades que nos poderão ser úteis. Desempenha várias posições em campo, sempre com enorme entrega, nem sempre com a melhor qualidade, mas é normal, podemos especializar-nos num posto e desempenha-lo com máxima qualidade ou desempenhar vários e não passar da mediania. Mas volto a referir, pode ser bastante útil, e além disso, Jesus conhece-o como ninguém e pode retirar dele o máximo rendimento, apesar de ele já não poder evoluir muito, afinal de contas já tem 29 anos.
Agora que está connosco, ou melhor que preferiu e escolheu vir para o Benfica, só tenho que lhe desejar a maior sorte do mundo. Que seja feliz no Benfica e deixe tudo em campo sempre que jogar, se assim for também nós, simples adeptos, ficaremos com um enorme sorriso de alegria no rosto. Sorriso esse que não será apenas pela presença da Diana Chaves na bancada, claro!
Por último, mas não menos importante, quero acabar este “post” invocando um dos grandes nomes do teatro e comédia portuguesa, porque a nossa vida não é só futebol. Como vêm agora, o título da crónica não foi escolhido de forma inocente.
Queria aqui deixar uma palavra de homenagem a um grande senhor, amigo de Eusébio, que nos deixou no passado sábado. Falo como é óbvio de Raul Solnado!
Posso ser bastante novo ainda, que o sou, mas desde cedo comecei a admirar esta enorme figura da cultura portuguesa, devido aos discos de vinil que os meus pais têm com excertos das suas participações num “talk show” da televisão pública. Desde cedo comecei a rir com as piadas que Raul Solnado dizia de forma inocente, tal qual uma criança. Raul foi o primeiro grande “stand-up comedian” em Portugal e marcou gerações. Partiu sábado e deixou a cultura portuguesa um pouco mais pobre e refém de ‘morangadas’. Paz à sua alma…
“Façam o favor de ser felizes”…
Piccolo falou…
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