Javi Garcia em entrevista: «Sou uma espécie de guarda-costas dos avançados»
O médio espanhol sente-se desarmado com a relação entre Jesus e os jogadores: há muito que não falava tanto com um técnico e que não lhe diziam como movimentar-se em campo. «Até parece mentira», diz. Mas também tem consciência de que foi chamado para dar cobertura a uma equipa iminentemente ofensiva; Está encantado: «As pessoas são incríveis!»
-Acredita que as suas botas serão ganhadoras aqui no Benfica?
- [risos] Antes espero que tenhamos todos botas ganhadoras! Esperemos que sim, que nos ajudem, que nos saia uma boa temporada, vamos tentar que assim seja. Que tudo corra como nesta pré-temporada, pois estamos a trabalhar muito bem e a partir deste domingo é que temos realmente temos de fazer as coisas bem.
- Sente-se um patrão na equipa do Benfica?
- Não, patrão, não, como qualquer outro companheiro dedico-me a fazer bem o meu trabalho. É verdade que jogo no meio, mas tento apenas fazer o melhor. A verdade é que estou a aprender muitíssimo com este treinador em tão pouco tempo. Há muito tempo que um treinador não me falava dos meus movimentos.
- Jorge Jesus tem coisas realmente importantes para ensinar aos jogadores, mesmo aqueles que, como é o seu caso, chegam de grandes clubes (Real Madrid)?
- Sim, acho que sim, o que tenho dito às pessoas com quem falo é que há muito tempo que não via um treinador parar e falar tanto tempo com os jogadores, explicando-lhes os movimentos, explicando-lhes o que têm de fazer em campo. Há muito tempo que não se passava isso comigo. Pressinto que vou aprender muito em pouco tempo, mas posso dizer que já aprendi bastante, até parece mentira. Está a notar-se muito a mão do mister. É duro, mas um treinador tem de ser duro. E tem uma boa relação com os jogadores, há muitos que não a têm.
- Concorda com a ideia de que é uma espécie de guarda-costas de jogadores como Aimar, Saviola, Di María ou Cardozo?
- Sim, claro, faz parte da posição que ocupo, tenho de estar atento às suas movimentações, pois precisam de se libertar para atacarem, para jogarem, são avançados e têm de fazê-lo. Essa é também uma obrigação da minha posição, pois tenho de estar atento, ocupar os espaços, estar consciente das movimentações e fazer as suas posições se necessário for.
- Tem sido elogiado pela forma como compensa os companheiros. É o seu ponto mais forte?
- Joguei toda a minha vida nesta posição, desde pequeno que mo pedem. E estou certo que todas as equipas precisam de um jogador assim. Se há jogadores muito bons no ataque, que precisam de libertar-se para jogarem, a verdade é que também também são necessários jogadores que trabalhem para a equipa. Não sei se é o meu ponto forte, mas penso que me trouxeram para isso.
- Está já ao seu nível?
- Não... estou aqui há pouco tempo e há muito que não jogo com regularidade. Praticamente há um ano. Levo cinco ou sei jogos seguidos, mas creio que tenho muito mais para dar e mostrar.
- Após um mês de Benfica sente que tomou a decisão certa?
- Sim, sim, sim, não tenho qualquer dúvida. Antes de vir falei com companheiros, Saviola foi um deles, perguntando que tal se estava por aqui e disseram-me que era impressionante. Fiquei assombrado com o que encontrei, com o estádio, com as pessoas, é incrível! A forma como se envolvem com a equipa... No outro dia, no jogo com o Milan, o estádio estava uma loucura! Estou encantado e digo sempre que há muito tempo que não estava tão feliz num sítio.
Fonte: Abola
Entrevista completa: click aqui
Benfiquistas:
ResponderEliminarTomem nota, este nº.6, se não acontecer o pior, uma lesão, vai-nos dar muitas alegrias. Era este verdadeiro trinco que devido aos "artistas" que jogam à frente era necessário na equipa .
Exprimentem segui-lo um bocado durante o jogo, esqueçam os outros jogadores e depois vão perceber o que ele faz dentro da equipa.
Saudações benfiquistas