sexta-feira, 15 de maio de 2009

Andebol: Benfica na final


Ante um "infernal" Pavilhão n.º 2 da Luz, o Benfica garantiu a presença na final da Liga, depois de bater o Sporting por 28-25, após prolongamento, na "negra" das meias-finais do Play-off. A raça e a alma de um "glorioso" campeão foram demais para o "esforço, devoção e dedicação" leoninos.

Numa partida de loucos, João Ferreirinho foi o herói das redes, Luís Nunes o monstro em sacrifício, Zaikin, Miricki e Carneiro os homens das decisões. Nomes de peso na noite em que a mística regressou aos pavilhões da Luz.

Ingredientes de uma noite de dérbi

Intensidade e emoção foram ingredientes que não faltaram na Luz. Muito equilíbrio desde o apito inicial, grande ambiente (o Pavilhão n.º 2 apresentou-se praticamente cheio) e um Benfica raçudo para tentar suplantar um Sporting que, forte e agressivo (por vezes excessivamente) na defesa e capaz de simplificar processos no ataque, lhe complicou a vida ao longo da primeira parte.

O Benfica alinhou de início com João Ferreirinho, Nikola Miricki, Rui Silva, Carlos Carneiro, Edgar Madureira, Luís Nunes e Zaikin. Eram estes os trunfos lançados por José António Silva, ante um Sporting, orientado por Paulo Faria, que se apresentou com Humberto, Pedro Portela, Bolotskih, Vasyuk, Pedro Cruz, Bjelanovic e Bruno Moreira.

As equipas actuaram com defesas em 5-1, tentando dificultar a tarefa de construção e os remates de primeira linha. No entanto, capacidade ofensiva foi coisa que não faltou a ambos os conjuntos. O Benfica começou melhor. Chegou mesmo aos dez minutos a vencer por 5-2. Viu os "leões" chegarem ao empate a sete bolas quando o relógio marcava 17 minutos, mas voltou à vantagem na última dezena de minutos, depois de os visitantes terem ficado reduzidos a quatro elementos de campo devido a exclusões quase simultâneas.

Ainda assim, o Benfica não aproveitou tal momentânea vantagem e não alargou distâncias, chegando ao intervalo a vencer apenas por 14-13. A vantagem de um golo manteve-se até aos 36', altura em que o Sporting empatou a 16 golos, quando o Benfica tinha apenas cinco elementos de campo.

O jogo precipitou-se para o fim e numa altura em que qualquer pormenor contava para mudar o rumo do marcador, foi muito importante, aos 46', a defesa de João Ferreirinho e, logo de seguida, o eficaz contra-ataque protagonizado por Nikola Miricki, passando o marcador para um 20-19 favorável aos "encarnados".

Aguenta coração!

Conseguiu o Sporting, ainda assim, dar a volta e entrar nos últimos dez minutos com uma vantagem de 20-21. A sua primeira vantagem, diga-se. Era altura de o campeão despertar, sob pena de a situação se complicar para o Benfica, pois o Sporting dispunha de um ataque. E os "leões" concretizaram mesmo o lance, com muita felicidade, pois a bola bateu no poste e, depois de ressaltar em Ferreirinho, entrou. Tudo mais difícil para o conjunto benfiquista.

Mas, em parte devido à alma do inferiorizado fisicamente Luís Nunes e do portento Carlos Carneiro, o Benfica manteve-se a um golo de distância e conseguiu mesmo empatar (24-24) com uma bomba de Zaikin no último segundo. A Luz voltava a explodir de alegria, numa altura em que teria de recorrer-se a um prolongamento.

Apesar de desgastada, a formação benfiquista continuou a mostrar uma alma assombrosa e com Ferreirinho em noite mágica, manteve a vantagem de um golo que o herói Luís Nunes ganhara através de um livre de sete metros. E foi de sete metros, em novo livre, que Luís Nunes colocou a vantagem em dois golos, enquanto o sportinguista Bosko atirou logo depois à barra, em lance de iguais características. Aí sim, sentiu-se na Luz que a vitória estava perto. Algo que ficou confirmado com um golo através de remate lateral de Miricki. A final era do Benfica.

Marcadores: Luís Nunes (9), Nikola Miricki (6), Carlos Carneiro (5), Cláudio Pedroso (4), Zaikin (3), Rui Silva (1).

Fonte: Sport Lisboa e Benfica - Site Oficial

1 comentário:

  1. É deste Benfica que eu aprendi desde pequeno: sangue, suor e lágrimas.
    Um exemplo para a equipa de futebol profissional que este ano nem suaram as camisolas.

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