O Sporting efectuou uma exibição perfeita e venceu o Benfica por 2-0, ficando a morder os calcanhares ao seu adversário na tabela classificativa. É verdade que Bebé deu uma grande ajuda logo aos 25 segundos, mas os leões controlaram totalmente o jogo desde esse momento, revelando uma consistência competitiva admirável.
No outro lado, os campeões nacionais estiveram muito longe do que podem fazer e nem a ausência de Ricardinho pode ser desculpa para tanta desinspiração.
O jogo começou de uma forma “carnavalesca”, já que um atraso de Pedro Costa para o GR Bebé resultou num clamoroso erro deste último, que deixou a bola fugir por debaixo da sola, quando a tentava dominar, dando o que se chama na gíria um antêntico “frango”. Infelicidade para o GR benfiquista. Sorte para os leões que inauguraram o marcador aos 25 segundos.
Os dados estavam lançados, com ambas as equipas a apostarem vincadamente num 3:1, jogando longo de forma a evitar erros em zonas defensivas.
Cardinal era a referência ofensiva do Sporting, enquanto que César Paulo ocupava essa posição por parte das águias. E eram mesmo esses jogadores os mais inconformados em campo, tentando o golo com afinco. Primeiro, foi Cardinal a ter uma boa situação de finalização; depois, foi César Paulo, após grande trabalho individual, a assustar João Benedito.
A meio da 1ª parte, mesmo depois duma rotação de jogadores quase total, as equipas estavam perfeitamente encaixadas, revelando um profundo conhecimento mútuo. O Benfica estava mais pressionante, mas era uma situação que advinha claramente do facto de estar em desvantagem no marcador, já que o Sporting controlava perfeitamente o encontro, fruto duma estrutura defensiva exemplar.
Os níveis de intensidade eram muito elevados, com ambas as equipas a discutirem cada jogada até à exaustão, com os pupilos de Paulo Fernandes a aparentarem mais serenidade. O Benfica sentia claramente a ausência de Ricardinho, actuando duma forma mais previsível.
O intervalo aproximava-se, o placard mantinha-se muito magro, com os encarnados, mesmo com 5 faltas, a pressionarem em busca da igualdade. Todavia, aos 18 minutos, numa transição para o ataque muito rápida, Café rematou ao poste esquerdo da baliza contrária, deixando um forte aviso.
O 1-0, embora resultante da já falada falha de Bebé, era um resultado perfeitamente aceitável face à prestação global das equipas.
O início da 2ª parte trouxe um Benfica à procura do golo, mas sempre a esbarrar numa defesa do Sporting extremamente concentrada e competente. E os encarnados cedo voltaram a cometer novo erro, com Pedro Costa a perder a ola para Café e, depois, o internacional brasileiro teve um lance genial, oferecendo o golo a Cardinal numa bandeja de prata.
Repetia-se o cenário da etapa incial, com os pupilos de André Lima pouco clarividentes nas suas acções ofensivas, perante um adversário fisicamente muito disponível e a não cometer um único erro grosseiro. Assim, os minutos iam passando, com os locais muito confortáveis no jogo.
Com os acontecimentos a sorrirem aos pupilos de Paulo Fernandes, o nervosismo começo a ser evidente na equipa do Benfica, sendo prova disto a agressão de Gonçalo Alves a Deo, com o consequente cartão vermelho ao jogador encarnado, a 7 minutos do fim.
Em superioridade numérica, os locais esbanjaram logo uma soberana oportunidade por João Matos e não mais tiveram outra igual, com o seu opositor a resistir a uma situação bem desfavorável. Contudo a toada de jogo não se alterava com os campeões nacionais muito abaixo das suas reais capacidades, não conseguindo impedir a supremacia alheia.
Foi então que, a aos 35 minutos, André Lima colocou Zé Maria como GR avançado, tentando evitar uma derrota que se anunciava. Todavia, foi o Sporting a estar a centímetros do golo, num chapéu de Café para a baliza deserta.
Vitória justa da melhor equipa em campo, durante todo o tempo de jogoFonte: Futsal Portugal
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