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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Basquetebol: Henrique Vieira em entrevista
O Benfica é a única equipa invicta no campeonato e o treinador congratula-se com esse facto, sobretudo depois de ter passado um duro teste no final do ano, em que teve de defrontar a Ovarense, o Illiabum, o V. Guimarães e o FC Porto. Mas o técnico alerta que, mais do que manter a invencibilidade, o que os encarnados pretendem é a conquista de títulos.
Foi a forma perfeita de terminar o ano?
Nas últimas duas semanas do ano tivemos a Supertaça, com a Ovarense, e para a Liga Illiabum, V. Guimarães e FC Porto. Era um grande teste á nossa actual capacidade, passamos, a forma perfeita não era o objectivo, o compromisso era com a vitória e por isso estamos satisfeitos da maneira como terminamos o ano, ou seja, a ganhar.
Voltam a repetir o registo que tinham na paragem natalícia da época passada. Foi mais difícil de manter a invencibilidade esta época?
Também terminamos o ano passado a derrotar a Ovarense e o FC Porto e com o mesmo grau de dificuldade. No desporto não há equipas invencíveis nem a invencibilidade pode ser um objectivo real, o nosso foco terá que estar centralizado na conquista de títulos. Conquistámos o primeiro da época e estamos muito satisfeitos por isso.
A equipa cresceu muito desde o inicio da época, principalmente na postura e na comunicação dentro de campo. Foi algo em que também teve de intervir para melhorar o rendimento do grupo?
Tudo leva o seu tempo e é verdade que a pré-temporada foi difícil pelos motivos que todos sabem, lesões e mais lesões. A boa química de uma equipa leva o seu tempo e ainda temos muito a melhorar neste aspecto. Mas esse é trabalho de todos, jogadores, treinadores e staff.
Na troca de Doliboa por Dewitz e Frisby, se é verdade que, muito provavelmente, ficou a perder alguma coisa na posição 4, ganhou uma referência interior que apenas teve a espaços na época passada. Concorda com esta leitura?
Não foi uma troca de um por dois, vieram para o lugar do Seth e do Raheim Brown, que infelizmente com a sua lesão deixou a nossa referência do jogo interior, no ano passado, exclusivamente para o Elvis. Os poucos minutos do Elvis em Espanha e o seu grande empenho no trabalho diário felizmente permitiu que acabasse a época em grande forma o que, com a grande ajuda do Eky, acabou por fazer esquecer essa lacuna. Mas é verdade que esta época o Will vem acrescentar algo mais ao nosso jogo interior.
Concordará que se torna um pouco estranho, para quem está de fora, que nenhum dos 3 bases consiga definitivamente segurar o lugar. Algum comentário que queira fazer sobre essa situação?
Estranho, definitivamente? Joga quem está melhor e o que eu acho que naquela situação é o melhor para a equipa contra aquele determinado adversário, à semelhança do que aconteceu o ano passado. O Diogo, o Minhava e o Barroca são os bases campeões nacionais e esperamos sempre deles as mesmas boas performances em prol da equipa. Felizmente e graças à qualidade e quantidade de jogadores para a posição (também o Ben a faz) permite-me fazer uma gestão de grande exigência importante para a intensidade e ritmo de jogo pretendida.
Acha possível repetir o feito da época passada, ou seja, terminar a fase regular sem derrotas?
Tudo é possível, ganharmos todos ou perdermos o próximo. O importante é continuarmos a lutar pelas vitórias como até aqui, mesmo. Quando não jogamos bem, acreditamos até ao fim e que se lutarmos juntos dificilmente seremos batidos. Gosto de jogadores que antes de serem duros e rápidos fisicamente, sejam duros e rápidos mentalmente.
Têm utilizado com alguma frequência a zona como opção defensiva. É algo em que acredita como estratégia defensiva para ter sucesso nos jogos?
Fomos campeões só a defendermos, e muito bem, hxh. Superamos sempre os maus dias ofensivos com a nossa defesa. Solidificámos a nossa defesa principal, a individual. Nesta segunda época juntos, estamos preparados para tentarmos outras opções defensivas que nos permitam alternâncias defensivas também como estratégia. Porque defender bem uma Zona exige tempo de preparação e muito trabalho.
Se é verdade que o desejo de vencer o Benfica é cada vez maior nos adversários, nota-se que cada vez isso será cada vez mais difícil de vir a acontecer. O espírito de vitória tem vindo a aumentar dentro do grupo de trabalho?
Temos tido o mérito de não nos deslumbrarmos com as vitórias, felizmente conto com jogadores com carácter e fortes mentalmente, que continuam a trabalhar diariamente com a mesma atitude e humildade qualquer que seja o próximo adversário.
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