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domingo, 9 de maio de 2010
Futsal: Benfica perde a Taça de Portugal nos últimos segundos
O Belenenses conquistou, este sábado, a sua primeira Taça de Portugal, batendo o Benfica na final, por duas bolas a uma, numa partida decidida no prolongamento. Marcelinho foi o herói dos azuis ao apontar o golo do triunfo quando faltavam apenas seis segundos para o último apito do árbitro.
Há muito que a equipa de Alípio Matos perseguia a conquista de um grande troféu. Por isso, este dia 8 de Maio de 2010 vai ficar gravado na memória de todo o grupo de trabalho do Belenenses, que, diga-se, já justificava um feito destes, sobretudo pelo que tem feito ao longo dos últimos anos, ganhando particular relevância por ser alcançado frente ao campeão europeu.
Esta foi uma reedição da final do ano passado e, apesar das características dos pavilhões de Vagos e Entroncamento serem semelhantes, tudo foi diferente na edição deste ano. A chuva que caía lá fora contrastava com o calor verificado no ano passado, enquanto dentro das quatro linhas assistiu-se a um jogo bem mais equilibrado. Nas bancadas registou-se um maior equilíbrio entre o número de adeptos das duas equipas.
Começou melhor o Belenenses, que aproveitou a displicência geral do Benfica nos primeiros minutos para estar perto do golo por duas vezes. Uma perda de bola infantil de Joel Queirós deixou Pedro Cary em boa posição para marcar, aparecendo Pedro Costa a salvar as águias. Logo a seguir, Jardel, de baliza ‘escancarada', atirou por cima. A resposta dos encarnados surgiu de forma tímida, com Joel Queirós a permitir a primeira intervenção do guarda-redes Marcão.
Com nítidas preocupações tácticas, rapidamente as duas equipas encaixaram-se e o equilíbrio foi a nota dominante. Só a meio do primeiro tempo, voltou a haver perigo junto das balizas. Um grande trabalho de Arnaldo quase que acaba em golo após um desvio involuntário de Pedro Cary. Na sequência do canto, o mesmo Arnaldo obrigou Marcão a defesa apertada através de um grande remate.
Com dez minutos para se jogar, o Belenenses atingiu as cinco faltas, factor que levou Alípio Matos a antecipar a habitual alternância entre jogar com guarda-redes subido com o quatro contra quatro.
Aos 13', Diego Sol teve nos pés uma grande ocasião para inaugurar o marcador, mas o seu chapéu a Bebé, que levava as medidas certas, foi travado por Joel Queirós quase sobre a linha de golo.
A dois minutos do intervalo, o Benfica colocou-se em vantagem, por intermédio do inevitável Joel Queirós. Num movimento muitas vezes visto no ataque das águias, o número 25, bem assistido por César Paulo, atirou rasteiro, fazendo a bola passar por baixo do corpo de Marcão, que não ficou isento de culpas neste lance. Logo de seguida, Joel Queirós apareceu completamente isolado, mas permitiu a defesa do guarda-redes do Belenenses. Gorou-se uma excelente oportunidade para o 2-0.
Na etapa complementar, o Belenenses fez o que lhe competia e entrou disposto a alterar a marcha do resultado, mas as suas transições defesa-ataque e ataque-defesa não estavam a sair com a habitual eficácia. Aproveitou-se desse facto o Benfica para criar várias situações de golo que poderiam ter resolvido esta final a seu favor. E quase sempre com o mesmo protagonista. Joel Queirós esteve numa tarde de pouco acerto e desperdiçou, pelo menos, três oportunidades quando só tinha Marcão pela frente.
Mas a equipa de André Lima ficou muito cedo limitada com as cinco faltas, atingidas aos 29 minutos. A partir daqui, os jogadores encarnados tiveram de jogar mais retraídos. Aproveitou-se disso o Belenenses, que chegou ao empate a cinco minutos do final, quando um potente remate de Diego Sol foi desviado por Jardel para o fundo da baliza de Bebé.
Nos últimos segundos do tempo regulamentar, Bebé salvou o Benfica com duas estupendas intervenções, fazendo com que as duas equipas tivessem de discutir a conquista do troféu no prolongamento.
No tempo extra, notou-se alguma quebra física de ambos os conjuntos. Ainda assim, foi o Belenenses que dispôs das melhores situações para marcar. Bebé defendeu superiormente dois livres directos apontados por Pedro Cary e Jardel, enquanto Sid falhou incrivelmente de baliza aberta.
Quando toda a gente já se preparava para o desempate através da marca de grandes penalidades, eis que surge o momento do jogo. César Paulo perdeu a bola em zona proibida, deixando Pedro Cary e Marcelinho na ‘cara' de Bebé. O internacional português foi generoso e ofereceu o golo ao brasileiro, que fez explodir de alegria os muitos adeptos azuis que se deslocaram ao Entroncamento.
A arbitragem esteve em plano medíocre, num jogo em que todos os intervenientes registaram uma correcção que poderia facilitar o trabalho da dupla que viajou de Setúbal. Mas os árbitros resolveram complicar e nunca seguiram uma uniformidade de critérios ao longo da partida, assinalando tudo até às cinco faltas, parando de apitar a partir daí. Neste aspecto, o Benfica saiu mais prejudicado.
Fonte: Futsal Global
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