O Benfica conseguiu hoje mais um título para a sua história. Na final da taça de Portugal bateu o Belenenses por 4-1 fruto de exibição determinada e que defensivamente roçou a espaços a perfeição. Esta é a 4ª taça conquistada pelos encarnados, que já eram a equipa com mais triunfos na competição. Se para a grande maioria dos jogadores encarnados este é apenas mais um troféu para juntar às suas já repletas prateleiras, para André Lima e a consagração do seu ano de estreia como treinador, depois de deixar fugir a supertaça, conquistou agora a taça.
Nota inicial para a organização da FPF, hoje tudo correu de forma perfeita. O Pavilhão era excelente a moldura humana foi notável, criando um ambiente de verdadeira festa. Diga-se que à chegada a Vagos encontramos logo cartazes, faixas de promoção do evento e até mesmo setas com o logótipo do futsal a indicar o Pavilhão.
Entrando na partida propriamente dita, a primeira metade foi pautada pelo equilíbrio. As duas equipas mostraram o respeito que nutrem uma pela outra, e isso reflectiu-se no ritmo inicial algo lento. O primeiro remate com perigo surgiu aos dois minutos por intermédio de Arnaldo, mas a bola saiu às malhas laterais. O Belenenses mostra ser uma equipa mais madura a cada jogo decisivo que passa e também se podia ter adiantado no marcador. Marcelinho serve a entrada de Paulo Henrique que remata rasteiro para defesa apertada de Bebé.
O jogo começava a abrir, as entradas de César Paulo (no Benfica) e Miguel Almeida (no Belenenses) trouxeram mais qualidade e depois do brasileiro fazer levantar as bancadas com um remate forte, foi a vez de Miguel Almeida estar em evidência num lance que podia ter sido determinante para o desfecho do encontro. Miguel Almeida lançado na ala esquerda desvia a bola de Bébé que defende com a mão fora da área. Eduardo Coelho considerou, na nossa opinião bem, que a bola se ia encaminhar para o fundo das redes e mostrou o inevitável vermelho.
Dissemos que este lance podia ter sido decisivo para o desfecho da partida, mas acabou por não o ser essencialmente por dois motivos. Primeiro pela forma como o Benfica defendeu em inferioridade numérica. Notável o empenho dos jogadores encarnados, sempre muito agressivos não permitindo quase nenhuma situação de finalização no período em que esteve com menos um jogador. O Segundo motivo a forma como Zé Carlos entrou na partida e a qualidade que teve até ao final. O guardião foi um gigante entre as redes, sempre muito concentrado, e uma defesa que fez na segunda metade a remate de Paulinho foi simplesmente soberba.
A melhor oportunidade dos azuis na primeira metade surge ao minuto 16, Alípio Matos tinha pedido pouco antes o seu minuto de desconto para preparar o 5 para 4, e passados alguns segundos Diego e Marcelinho combinam na perfeição e Paulinho na cara de Zé Carlos a rematar por cima. O Belenenses não marcou e logo de seguida Marcelinho foi expulso.
Um lance que para nós é difícil de comentar, fizemos a filmagem do jogo (resumo será colocado ainda hoje), mas a gravação não permite nenhuma conclusão. O que podemos dizer é que em tempo real pareceu correcta a decisão da equipa de arbitragem, é um lance disputado entre Marcelinho e Gonçalo Alves com o jogador do Belenenses a parecer provocar um contacto completamente desnecessário e que Eduardo Coelho considerou como agressão.
Era a sexta falta e Ricardinho foi para a marca dos 10 metros. O Mágico não perdoou e deu a primeira alegria aos muitos adeptos encarnados, com um remate colocado. Estávamos perto do descanso e embora a reacção dos homens do Restelo tenha sido quase imediata, não houve mais lances dignos de registo até ao intervalo.
A segunda metade começa com uma obra prima de César Paulo, que golaço. Estávamos no minuto 22, o trabalho e esforço de César Paulo na insistência sobre Cary foram recompensados com a recuperação de bola e depois com um toque genial a desviar a bola de Marcão. O Benfica ganhava uma vantagem de dois golos fruto de um livre de 10 metros e de um trabalho genial de César Paulo. Mas se a nível ofensivo os encarnados não estavam a ser asfixiantes, a nível defensivo estava a ser uma exibição notável, e assim iria continuar durante toda a segunda parte.
O único momento de verdadeira aflição foi o lance que referimos à pouco, numa boa jogada dos azuis a libertarem Paulinho nas costas da defesa, que com um remate forte sem deixar cair a bolo proporcionou a Zé Carlos a defesa da tarde. Já nos últimos 10 minutos o Benfica aumentou a vantagem num livre em que Ricardinho serviu Zé Maria e este com um remate rasteiro fez a bola passar por entre as pernas de Zé Carlos.
O jogo encaminhava-se a passos largos para o final, e como o empenho, garra e determinação do Benfica não baixavam o Belenenses continuava a não conseguir chegar ao golo que procurou de todas as formas. Até que ao minuto 35 Rogério recuperou uma bola e rematou para a baliza deserta, pois Marcão tinha subido na manobra ofensiva. Era o 4-0 e o ponto final nas poucas dúvidas que haviam sobre quem seria o vencedor.
A um minuto do fim surgiu o golo de honra do Belenenses, um auto-golo de Pedro Costa, que acaba por ser pouco para a exibição que o Belenenses fez. No entanto o facto de só ter conseguido este golo, acontece, repetimos, porque os encarnados estiveram muito bem a nível defensivo.
Foi uma vitória justa para o Benfica, que hoje teve o seu presidente Luís Filipe Vieira e Rui Costa no apoio à secção de Futsal.
Fonte: Futsal Portugal
Parabéns a esta grande Equipa!!!
Parabéns Rapazes!!!
Parabéns Rapazes!!!
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