Depois de uma fase inicial difícil, o Benfica reencontrou o caminho da consistência a partir das 6.ª jornada, facto para o qual muito contribuiu a entrada na equipa de Ivan Walter. O conjunto está cada vez mais coeso e a alcançar triunfos categóricos, mas José Jardim, carismático e reputado treinador benfiquista, não quer ainda ouvir falar da pressão do título, salientando que o mais importante agora é alcançar a melhor classificação possível tendo em vista um teoricamente bom enquadramento no "play-off".
Face ao percurso vitorioso da equipa desde 6.ª jornada, pode dizer-se que o Benfica passará a ser um sério candidato ao título no "play-off" quando o plantel estiver fechado?Não. Não vamos colocar essa pressão numa equipa que está em fase de construção. É evidente que as vitórias dão ânimo e esta série vitoriosa coloca-nos mais perto do nosso objectivo prioritário nesta fase da competição, que é a qualificação para o "play-off". Assim que conseguirmos esse desiderato, iremos depois à procura da melhor classificação possível para tentarmos evitar o V. Guimarães ou o Sp.Espinho nos quartos-de-final.
Importância dos reforços
Que explicação técnico-táctica para a subida considerável de rendimento do conjunto?A entrada do Ivan Walter foi fundamental para a subida de rendimento, não só pela qualidade do jogador como também porque, com a sua vinda, os atletas mais influentes passaram a jogar nas suas habituais posições, casos do Roberto Purificação e do Luís Samuels. Antes da vinda do Walter, tivemos de inventar um bocado.
O que espera que o recente reforço Walfrido Fuentes possa trazer para a equipa?
Ainda não posso fazer uma correcta avaliação do Walfrido Fuentes porque ele esteve parado durante seis meses. Face ao tempo de paragem a que esteve sujeito, necessita de evoluir muito para a ser a mais-valia que esperamos que venha a ser. O Walfrido vai ajudar-nos bastante, mas é preciso que se diga que ele não é nenhum fora-de-série. É importante referir isto para protegermos o atleta e para que não criem expectativas muito elevadas.
Qual é o ponto colectivo mais forte do Benfica e aquele em que a equipa necessita de melhorar?
A união, a alegria de jogadores e a qualidade do nosso serviço, que está a criar muitas dificuldades aos adversários, são os principais trunfos da equipa. Quanto ao ponto em que temos de melhorar, é notório que temos de ter outra eficácia nas acções de contra-ataque.
Falando de Voleibol
Sendo professor de voleibol, logo um frequente formador e observador da modalidade, que avaliação faz ao actual estado da Divisão A1?
Há um maior equilíbrio entre as equipas. A diferença entre o grupo das melhores equipas, na qual se incluem o Sp.Espinho, V. Guimarães, Benfica, Fonte Bastardo e Castêlo da Maia, para as restantes formações da Divisão A2 já não é significativa.
Consegue imaginar ser um dia adversário do Benfica?
É um cenário muito, muito difícil (risos). Em termos sentimentais e, tendo em conta a realidade dos factos, diria mesmo que é quase impossível isso vir a acontecer.
Quais as razões para a quebra competitiva da Selecção Nacional que num passado não muito longínquo chegou a alcançar resultados históricos para a modalidade?
Penso que houve uma certa saturação competitiva de atletas que actuam nos campeonatos estrangeiros e actualmente não temos um leque alargado de jogadores com o mesmo nível. Como tal, é difícil haver soluções para ultrapassar a tal saturação competitiva de voleibolistas que enfrentam um calendário muito desgastante que lhes obriga a ter pouco tempo de descanso.
Fonte: Sport Lisboa e Benfica - Site Oficial
Sem comentários:
Enviar um comentário