segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Basquetebol: Benfica sofre na Figueira


Encarnados batem Ginásio no prolongamento

O Benfica sobreviveu a mais um teste à sua invencibilidade ao vencer, após prolongamento – empate a 98 pontos no final do tempo regulamentar –, na Figueira da Foz, o Casino Ginásio, por 113-107. Depois de uma primeira parte onde foram claramente dominados, os encarnados, num esforço final, conseguiram levar o jogo para tempo extra, onde acabariam por beneficiar da maior profundidade do seu plantel para fazer a toda a diferença.


Face às ausências de Will Frisby (lesão muscular) e João Santos (problema nas costas), o Benfica introduziu algumas alterações no cinco que apresentou no inicio da partida. Com Miguel Barroca na posição de base e António Tavares a extremo, os encarnados foram surpreendidos por uma fantástica primeira parte da equipa da casa.

Com a dupla de bases Brandon Dagans e José Costa inspirada, especialmente nos lançamentos triplos, e o novo reforço Jason Hartford a provar que é mesmo reforço, os comandados de Sérgio Salvador cometeram a proeza de converter 53 pontos durante os primeiros 20 minutos do encontro. Os encarnados demonstravam alguma passividade defensiva, ficando quase sempre na expectativa que o opositor não convertesse o seu lançamento, algo que na maioria das vezes não acontecia – daí a razão pela qual perdiam ao intervalo pela diferença de 10 pontos (43-53), que chegou a ser de 17 pontos.

Para a segunda parte não só mudou a atitude defensiva das águias como também a estratégia defensiva. Apostados em parar Dagans, os lisboetas concentraram-se nas acções individuais do norte-americano, que até então tinha sido o principal dinamizador do ataque do Ginásio. Os lançamentos da equipa da casa já não surgiam sem oposição, reflectindo-se obviamente no decréscimo das percentagens de lançamento, que proporcionavam aos encarnados rápidas transições ofensivas que por sua vez terminavam em situações fáceis de finalização. A melhoria defensiva do Benfica durante o 3º período foi recompensada com o aproximar do resultado, que no final do quarto se cifrava em apenas 4 pontos de diferença (71-67), favorável ao Ginásio.

No derradeiro quarto os encarnados começaram melhor, chegando mesmo a passar para a liderança do marcador (74-73) nos momentos iniciais do período. Recompôs-se a turma da casa que, sob o comando do seu base Brandon Dagans, causou o desnorte no adversário, pela forma como decidia em situações de 1x1 os sucessivos ataques da sua equipa , ora a concretizar, explorando bem as trocas defensivas, ou então criando para os seus companheiros.

O tempo ia correndo e a pouco mais de 1 minuto do final do encontro o Casino dispunha de uma vantagem de 7 pontos, que aparentemente parecia fácil de gerir. Tudo se alteraria, porém, quando no ataque a linha de lance-livre foi um obstáculo e defensivamente, por duas vezes consecutivas, os da casa cometeram falta em acto de lançamento, tendo sido averbados os 2 pontos, com direito a um lance-livre adicional. Um triplo de Diogo Carreira, após ressalto ofensivo, a 3 segundos do termo do encontro, levava a partida para tempo extra.

No prolongamento, já sem Dagans, Pedro Silva e Marco Gonçalves, excluídos com 5 faltas, a tarefa do Casino Ginásio complicava-se ainda mais. Nos 5 minutos suplementares a valia e a qualidade do banco do Benfica acabou por fazer toda a diferença, onde Diogo e Ben Reed acabaram por decisivos na vitória final.

Nos encarnados, destaque para a dupla formada por Sérgio Ramos (26 pontos e 12 ressaltos) e Heshimu Evans (21 pontos e 10 ressaltos), que foram os mais consistentes; para o capitão António Tavares (18 pontos e 2 ressaltos), pela forma como segurou a equipa na pior fase do jogo, e para o duo Diogo Carreira (12 pontos) e Ben Reed (19 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências), pelo papel que desempenhou na parte final do encontro.

Fonte: fpb.pt

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