domingo, 7 de junho de 2009

Futsal: Grande vitória em Matosinhos


Benfica dá passo de gigante rumo à final

As grandes penalidades foram a única forma de desempatar hoje ao final da tarde no Choradinho um dos melhores jogos de futsal da época. Freixieiro e Benfica lutaram até à exaustão por uma vitória que poderia ter sorrido a ambos, no entanto, acabaram por ser os bicampeões nacionais a dar um passo de gigante rumo ao apuramento para a final. Zé Carlos parou duas grandes penalidades - a remates de Paulinho e Miguel Mota - ao passo que Piu apenas se opôs logo ao primeiro remate «encarnado» da autoria de César Paulo, aproveitando o Benfica o facto de o Freixieiro estar extremamente debilitado na fase de decisão do jogo, quer física, quer psicologicamente, depois de ter visto Cardinal ser expulso por acumulação de amarelos, já na segunda parte do prolongamento, e não ter conseguido aguenta rno tempo regulamentar uma vantagem que chegou a ser de três golos (3-0 e 4-1).

Com o «choradinho» completamente lotado e uma falange de apoio benfiquista bastante assinalável, o Freixieiro entrou melhor na partida e chegou aos três golos de vantagem enquanto o «diabo esfrega o olho». Foi simples para os homens de Matosinhos. Concentrados no que estavam a fazer, no auge das suas capacidades físicas e apoiados por um público fantástico, o Freixieiro tomou conta das operações e foi marcando golos - Ricardo (6'), André (11') e Nené (16') -, ao passo que os lisboetas demoraram a aceitar a infelicidade do brasileiro Pedrinho que, numa jogada dividida com Cardinal, fracturou o perónio e foi transportado de ambulância para o Hospital Pedro Hispano. Uma situação infeliz que mexeu com o subconsciente dos jogadores de André Lima. No entanto, com os visitados carregados de faltas, o Benfica conseguiu reduzir no mesmo minuto do 3-0. Ricardinho converteu um livre de 10 metros mas logo a seguir foi Cardinal a repôr a vantagem matosinhense em três golos também de livre de 10 metros. Numa fase de ataque-contra-ataque o Benfica voltou a reduzir para 4-2, por ricardinho, resultado com que se foi para o intervalo.

Se a primeira parte foi mais equilibrada por acção do Freixieiro, a etapa complementar deu para perceber que o plantel às ordens de Joaquim Brito está completamente espremido e apenas a raça e o espírito de combatividade da equipa permite-lhe estar numa fase tão adiantada do campeonato. Hoje, com o Benfica, os da casa não puderam contar com Wilson e Júlio César (abandonaram o clube em Março), Roque e Luís Silva (castigados) e depois ainda viram Cardinal ser expulso, deixando para os mais jovens a tarefa de parar uma equipa recheada de internacionais e que mesmo privada de Arnaldo, Bebé e Pedrinho não deixa de ter mais número de opções.

Por isso, foi com naturalidade que o Benfica dominou a segunda parte, chegou ao empate - golos de Ricardo (própria baliza) e Ricardinho - e foi quem mais perto esteve da vitória nos minutos finais, com o guarda-redes brasileiro Piu a «limpar-se» de alguns erros que cometeu em golos benfiquistas. Por outro lado, se o jogo foi para prolongamento muito se deve à espectacular entrada do guarda-redes suplente do Freixieiro Rui Rocha que chamado a defender livres de 10 metros de Ricardinho parou dois, depois de Piu ter sofrido dois dos golos benfiquistas pelo «mágico» na cobrança de 10 metros.

O prolongamento começou com o golo do Benfica e quando se pensava que os «encarnados» iam controlar o que restava do tempo, eis que Cardinal, antes de ser expulso, saca da cartola mais um golo e obriga às grandes penalidades, isto sem que o Freixieiro evitasse nos últimos dois minutos um autêntico sufoco benfiquista com várias oportunidades desperdiçadas.

Com este resultado os bicampeões nacionais estão a uma vitória da final e irão decidir em casa a sua sorte. Por seu lado, o Freixieiro, como o próprio treinador admitiu no final, terá de ir à Luz contrariar 90 por cento do favoritismo do Benfica, mas este Freixieiro, mesmo sem Cardinal e Luís Silva no jogo de sábado, não é equipa de baixar a guarda facilmente.

Arbitragem difícil pela intensidade do jogo mas a dupla de Coimbra não esteve isenta de erros, alguns graves, e acima de tudo mostrou-se permeável ao ambiente.

Fonte: Futsal Portugal

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