O primeiro jogo da meia-final do campeonato da Liga Portuguesa de Basquetebol entre Benfica e Vitória de Guimarães principiou da forma esperada, com os encarnados a quererem exercer o seu domínio no jogo e os vimaranenses a darem boa réplica, nunca deixando o adversário fugir no marcador. Mesmo sem contar o contributo de Sérgio Ramos, os actuais campeões nacionais revelaram ligeiro ascendente nos 10 minutos iniciais da partida, terminado na frente (28-23) o 1º quarto do encontro.
A parte inicial do segundo período ficou marcada pelo domínio das águias, com Elvis Évora, autor de 6 pontos consecutivos, a desempenhar papel decisivo, não só nas movimentações ofensivas dos benfiquistas, como também, fazendo sentir-se na defesa nas áreas próximas do cesto.
A vantagem encarnada subiu para os 12 pontos de diferença (38-26), com os minhotos, pela primeira vez, a demonstrarem dificuldades em encontrar soluções ofensivas para fazer pontos no ataque. Os comandados de Fernando Sá precipitavam lançamentos quando em ataque, não sendo capazes, em termos defensivos, de dar resposta á exploração do jogo interior encarnado.
Após largos minutos em que nenhuma das equipas foi capaz de fazer pontos (42-30), uma falta técnica averbada ao do Benfica, deu finalmente a oportunidade aos visitantes de somar pontos. Foi o mote para uma recuperação dos forasteiros, que com um parcial de 8-0 reduziram a diferença para apenas 4 pontos (38-42). Os lisboetas depois de um largo período em que parou na marcação de pontos, fez mexer o marcador, através de um lançamento com falta de Minhava, já bem perto final da 1ª parte (45-38).
Dois triplos consecutivos de João Santos (51-38), logo a abrir a segunda parte, colocaram novamente os visitantes numa situação de ter de correr atrás do prejuízo. Quase sempre recorrendo ao tiro exterior, mais ainda após a 4ª falta de Tommie Eddie, fase em que os vitorianos apostaram num estilo de jogo com os 5 jogadores abertos, o máximo que conseguiriam foi aproximar-se até aos 6 pontos de diferença (45-51). A experiência e a maturidade do Benfica veios ao de cima, ao rapidamente identificarem onde possuíam vantagem, indo à procura do jogo interior que valeu pontos e com grande eficácia. O resultado favorável ao Benfica (74-61) que registava no final do 3º período, colocava os visitados em excelente posição para vencer o primeiro embate da ronda.
O derradeiro quarto veio acentuar ainda mais o diferencial do marcador, muito por culpa da forma de jogar dos vimaranenses, que continuaram a apostar no tiro exterior como forma de recuperar a desvantagem pontual. O desespero e o facto de muitas se jogar mais com o coração do que com a cabeça, leva a que muitas vezes o sentido colectivo desapareça dando lugar ao individualismo. Resumidamente foi o que sucedeu nos últimos 10 minutos da partida. A equipa da casa a tirou partido dos inúmeros ressaltos resultantes dos lançamentos longos do Guimarães, para transformá-los em situações fáceis de contra-ataque ou ataques rápidos. Este tipo de soluções ofensivas proporciona situações fáceis de concretização, já que a oposição é na maioria das vezes diminuta fruto da má preparação da equipa para a o balanço defensivo. O score foi se avolumando ao ponto de o Benfica repetir pela 4ª vez, em igual número de jogos deste playoff, a centena de pontos (102-78).
Na equipa encarnada, o trio formado por Heshimu Evans (22 pontos, 9 faltas provocadas e 8 ressaltos), Ben Reed (20 pontos, 8 assistências e 2 ressaltos) e Will Frisby (15 pontos, 12 ressaltos e 4 assistências) destacou-se dos demais, acabando por ser decisivo no primeiro triunfo da série.
Resumo do jogo:
Fonte: fpb.pt
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