quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hóquei em Patins: Benfica 3-1 Candelária

O Candelária vendeu cara a derrota na Luz, mas a experiência de Ricardo Pereira e a garra de Carlitos fizeram a diferença para um Benfica que revelou paciência na fase inicial da partida e pragmatismo no dealbar da mesma. O 3-1 final justifica-se e, por outro lado, exemplifica as dificuldades que os açorianos impuseram no reduto “encarnado”.

A importância do primeiro golo
Perante uma formação cujos expoentes máximos são ex-jogadores do Benfica – Pedro Afonso e Rui Ribeiro – o Benfica apresentou, de início, um hóquei envolvente e vertical que, ainda assim, teve no guardião Paulo Matos o seu principal oponente, tal a quantidade de boas defesas que realizou. A boa atitude não chegava e, por isso, Carlos Dantas apostou no experiente Ricardo Pereira (saiu Tó Silva) nos dez minutos finais da primeira parte, vendo no ex-Bassano a possibilidade de potenciar, ante a baliza, a qualidade de jogo até aí apresentada.
No entanto, as dificuldades reveladas na finalização davam razão a quem acreditava que o Candelária, apesar de “lanterna vermelha” do Campeonato Nacional, não iria facilitar a vida à formação lisboeta. É que, apesar das duas derrotas sofridas em outros tantos jogos, o conjunto açoriano confirmou a tendência de fazer a vida negra aos adversários. Carlitos tornou-se, assim, uma solução óbvia para os momentos finais da primeira parte, substituindo Tiago Rafael.
E foi o “seis” a dar início a uma jogada que, a cinco minutos do intervalo, envolveu Ricardo Barreiros e o outro Ricardo (o Pereira) que, à boca da baliza, só teve de encostar para o seu segundo golo da época, primeiro da noite. O Benfica, em vantagem após um intenso domínio, ainda assim, por vezes colocado em causa por Rui Ribeiro (continua a ser fortíssimo a encontrar espaços junto à baliza, mas mantém alguma ineficácia na hora do remate) e companheiros. Mais tranquilo (bem como o público que marcou presença no Pavilhão Império Bonança), o Benfica deixou o tempo escoar até ao intervalo, reforçando a eficácia na circulação de bola no meio-campo contrário.

Segunda parte de emoções
Depois de um intervalo emotivo (Carlos Lisboa e António Ramalhete homenagearam os campeões europeus Diogo Rafael (Sub-20), Pedro Vaz, João Silva, João Coelho e João Beja (Sub-17), bem como os detentores do título nacional de juvenis).

Diogo Rafael

Em cima: Pedro Vaz e João Coelho em baixo:João Silva e João Beja

O Benfica aproveitou o "cheiro" a títulos para elevar a contagem. Carlitos, outro dos “suplentes” de ouro, aproveitou uma rápida reposição de jogo para puxar do stick atrás e moldar as redes com formato de golo. Uma sequência, então sim, lógica do que se esperava da partida.
Na sequência de um livre, ainda assim, a 13 minutos do fim, numa fase do jogo em que o Benfica dominava, o Candelária reduziu, por intermédio do argentino Maxi Oliva. Um momento que mexeu com a organização defensiva do Benfica que, a nove minutos do fim, em dois momentos consecutivos, perdeu o esférico numa situação comprometedora, valendo a incapacidade concretizadora dos açorianos para que não surgisse a temida surpresa.

Passado o momento mais periclitante, o Benfica chamou a si o controlo da partida, sabendo circular o esférico, mesmo sem conseguir ultrapassar a defensiva contrária. Ora, se parecia não ser possível ampliar a vantagem, era hora de defender… jogando na frente. E foi isso que o Benfica fez, aproveitando ainda, nos últimos segundos, ante um Candelária todo ele balanceado no ataque, para matar o jogo num rápido contra-ataque de Vítor Hugo, conquistando uma vitória que, ainda que difícil, se justifica.Com este triunfo, o Benfica cimenta o reencontro consigo mesmo em termos de resultados, integrando agora o primeiro terço da tabela classificativa. Por seu turno, o Candelária afunda-se na última posição.

Texto: Ricardo Soares (Site S.L.B)

Sem comentários:

Enviar um comentário