segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Crónica - 18ª jornada: Mais uma vitória





O Benfica manteve intacta a pressão sobre o F.C. Porto no topo da classificação com uma vitória arrancada a ferros sobre o P. Ferreira na Luz (3-2). A equipa de Paulo Sérgio conseguiu segurar um nulo até vinte minutos do final, altura em que Cardozo quebrou a resistência dos de amarelo. Mas o golo do paraguaio foi apenas o primeiro de uma série de mais quatro, com o Paços a vender bem cara a derrota, terminando o jogo com um remate ao poste. Mais do que festa, os adeptos saíram com uma sensação de alívio da Luz.


Quique Flores fez uma gestão mínima para o derby da próxima semana com o Sporting, deixando, entre os jogadores que estavam em risco, Yebda no banco, mas sem prescindir de Luisão no centro da defesa. Mesmo assim, com o castigo de Maxi Pereira, o técnico teve de fazer mudanças na defesa, desviando David Luiz para a direita e oferecendo nova oportunidade a Jorge Ribeiro, desviando a dinâmica que o uruguaio costuma oferecer à direita, para o lado contrário.



Os encarnados entraram bem no jogo, impondo desde logo uma forte presença na zona central, com Carlos Martins e Katsouranis a obrigarem o Paços a recuar, mas com tantas camisolas amarelas na área não foi fácil para os de encarnado encontrar uma porta para a baliza de Cássio. Reyes estava demasiado preso sobre a esquerda, Aimar demasiado perto de Cardozo e Ruben Amorim nunca conseguiu dar vida à ala direita. Só de bola parada é que o Benfica conseguia criar perigo e, aos 12 minutos, gritou-se duas vezes golo na sequência de um livre de Carlos Martins. Luisão entrou de rompante para desviar de cabeça para a trave e, na recarga, Aimar, também de cabeça, obrigou Cássio a grande defesa.



O Paços jogava com uma defesa de quatro em linha reforçada com Dedé, que actuou quase como terceiro central, e ainda Ferreira e Pedrinha, soltos para tapar os buracos que iam surgindo com as movimentações do Benfica, numa dinâmica que deixou os de encarnado amarrados até ao intervalo. Os de Quique bem tentaram furar o bloqueio, ora pela técnica de Aimar e Reyes, ora com longos lançamentos dos centrais para as costas da defesa, mas os defesas de amarelo eram mais altos do que Aimar e mais rápidos do que Cardozo.

Quique manteve o mesmo onze para a segunda parte, mas deve pedido mais velocidade aos seus jogadores. Eles bem tentaram, mas o muro amarelo continuava lá, sem dar sinais de desabar. A melhor oportunidade até pertenceu ao Paços, com Ferreira a entrar pela zona central e a soltar a bola para Leandro Tatu que, em desequilíbrio, atirou frouxo para a baliza de Moreira. O treinador não esperou muito mais e trocou Carlos Martins por Di Maria, oferecendo à equipa duas frentes de ataque.



O Benfica arriscou, então, mais e acabou por chegar à vantagem num lance que, à partida parecia inofensivo: Aimar ganhou uma bola no limite na zona frontal, Cardozo também escapou no limite ao fora-de-jogo e teve a sorte de Cássio, que tinha chegado primeiro à bola, a ter deixado escorregar, deixando o paraguaio surpreendido e com todo o tempo do mundo para colocar a bola na baliza. A partir daqui, o esquema idealizado por Paulo Sérgio perdeu todo o sentido. As bancadas trocaram os assobios por «olés» e, agora, o Benfica já não tinha pressa. A euforia dos adeptos ganhou novo incentivo com um remate imparável de Ruben Amorim para o segundo golo do Benfica, mas faltava ainda muito para o final da história.



Parecia que já estava tudo feito, mas o Paços, no meio da festa, voltou a colocar alguma seriedade na partida, quando Rui Miguel passou por Sidnei e assistiu Ferreira que bateu Moreira com um remate cruzado. Fez-se um silêncio pesado na Luz, mas a festa voltaria logo a seguir com o melhor golo da noite: uma «bomba» de Di Maria do meio da rua a sobrevoar Cássio e a encaixar nas redes. A festa ganhava novo fôlego, mas o Paços ainda tinha uma palavra a dizer. Chico Silva voltou a reduzir para a diferença mínima e, no último lance da partida, Kelly acertou no poste.



Fonte: MaisFutebol

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